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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Uma Ajuda


Tina, dois anos, como é comum às crianças, tem fetiche por chaves. Uma vez de posse de um chaveiro é difícil uma negociação convincente sem muito choro.
Certo dia de volta da escola em companhia do avô, da mãe e de uma tia, aconteceu um incidente inusitado.
Uma pane repentina deixou o carro as escuras e sem possibilidade de funcionamento do motor. O avô que estava na direção, tentou todos os meios para fazer a máquina entrar em funcionamento, contudo, sem sucesso algum. Temendo que a bateria descarregasse resolveu acionar a seguradora. Foram várias tentativas sem sucesso. Já um pouco desesperado porque a noite se aproximava e o local onde estavam não inspirava segurança resolveu fazer mais uma tentativa. A resposta do carro continuou a mesma e a bateria já dava sinais de perda de força.

Não restando alternativa, o avô voltou a insistir no contato com a seguradora, mas sem sucesso algum. Passou a reclamar da situação do carro e de tudo que lhe veio à cabeça.

Neste ínterim, Tina que até então só brincava e fazia suas travessuras de criança, esforçou-se para se levantar do seu assento até conseguir colocar a mãozinha por sobre o ombro do vovô enquanto falava: _ Vovô ajuda! Vovô ajuda!...

Tanta foi a insistência que o avô, para sossegar a pequena, tirou a chave da ignição e a deu para a neta enquanto continuou insistindo no contato com a seguradora.

Tina segurou a chave por alguns instantes e surpreendentemente – porque não era seu hábito devolver tais primores – levantou-se, estendeu a mão contendo a chave em atitude de devolução repetindo as mesmas palavras: _ Vovô ajuda! Vovô ajuda...

O avô um tanto surpreso pela atitude inesperada; pegou a chave e continuou ao telefone.
Tina continuou insistindo: _ Vovô ajuda!... Todavia, sem estender a mão para retomar a chave.
Diante da estranheza da ação da neta, o avô voltou a tentar ligar o carro. Qual não foi a surpresa!
O motor foi acionado juntamente com toda parte elétrica e o ar condicionado. Até o alarme e a trava que estavam sem funcionar a alguns meses voltaram à atividade.
Tina ficou muito feliz e foi cantarolando até em casa repetindo: - Ajuda! Ajuda!... Certa de que havia contribuído para a solução do problema.

AÍ FICA A PERGUNTA: O QUE TINA FEZ?

Obs: Fazia apenas um mês que o carro tinha passado pela revisão periódica.


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